Câmara da Suinocultura debate Leitão Vida, compensação de energia e destinação de carcaça

Grupo de Trabalho que conduzirá o projeto de reformulação do Programa ‘Leitão Vida’ tem participação de representantes de todos os elos da cadeia produtiva da suinocultura.

Campo Grande (MS) – A Câmara Setorial Consultiva da Suinocultura de Mato Grosso do Sul se reuniu na manhã desta sexta-feira (24), para formação do Grupo de Trabalho que conduzirá o projeto de reformulação do Programa ‘Leitão Vida’ e discussão das ações que buscam a compensação pela geração de energia elétrica excedente.

Com a participação do Superintendente de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar, Rogério Beretta, o Coordenador da Câmara, Celso Phillip Junior, abriu o encontro, na Famasul, trazendo ao grupo um levantamento sobre a situação da suinocultura no Brasil e em Mato Grosso do Sul.

Ao apresentar os números, Celso afirmou que Mato Grosso do Sul é o Estado com melhor potencial para produção de suínos, considerando que é o único que mantem um programa de incentivo a produção – o ‘Leitão Vida’ – é um dos poucos Estados que possui áreas para expansão da atividade e tem ainda importantes vantagens logísticas, lembrando as ações que estão em andamento para duplicação de estradas, ferrovia e o trabalho que vem sendo realizado para implantação da Rota Bioceânica Rodoviária que ligará o Brasil aos portos do Chile.

Sobre o programa do Governo do Estado que premia a eficiência e eficácia do produtor com incentivo financeiro, o ‘Leitão Vida’, Celso destacou sua importância para o desenvolvimento da atividade com sustentabilidade. “Os recursos do programa possibilitaram que o produtor do Mato Grosso do Sul pudesse estar sempre em dia com a rígida legislação, nos colocando numa posição bastante diferenciada de outros Estados” completou.

A formação do Grupo de Trabalho que conduzirá o projeto de reformulação do Programa ‘Leitão Vida’, feita na sequência, contemplou todos os elos da cadeia produtiva do Estado. As atividades para a reformulação, e que envolvem ainda a Secretaria de Fazenda, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, devem ser realizadas nos moldes da reformulação do Programa de incentivo a produção de bovinos que hoje observa não só a qualidade do produto final, mas também o processo produtivo.

Energia elétrica – Compensação

A viabilidade da micro geração de energia elétrica através do biogás e energia fotovoltaica, produzidos em granjas de suínos do Mato Grosso do Sul, discutida num encontro realizado em Dourados, e que contou com a participação de instituições e empresas ligadas ao setor, foi comentada por Celso. Na oportunidade ele ofereceu espaço para as instituições que tivessem interesse em fazer parte do grupo de trabalho que foi formado para trabalhar ações que buscam a compensação pelo excedente de energia gerada pelas granjas do Estado.

A destinação das carcaças de animais mortos, colocado na pauta por um dos participantes da Câmara, entrou para a lista de temas que serão mantidos no radar do grupo e deve voltar a ser debatido. A próxima reunião da Câmara está prevista para acontecer no dia 11 de dezembro, na Semagro.
Membros da Câmara Setorial da Suinocultura de MS

Suinocultura em Mato Grosso do Sul

Oitavo no ranking da produção de suínos do País, Mato Grosso do Sul abateu 1,5 mi suínos no ano passado. Para 2017 a previsão é abater 1,8 mi.

Câmara Setorial Consultiva da Suinocultura de Mato Grosso do Sul

Tem assento na Câmara: Superintendência Federal de Agricultura (SFA-MS), Embrapa Pantanal, Superintendência Regional do Banco do Brasil, Famasul, COOASGO, Cooperalfa (Dourados), Cooperativa Central Aurora Alimentos, Unidade Frigorífica de Suínos – JBS MS, Associação Sul Mato-grossense de Suinocultores (ASUMAS), Associação de Produtores de Leitões de MS (APLMS), Associação de Suinocultores de Itaporã e Região (ASSUITA), Associação dos Suinocultores de Glória de Dourados e Região (ASSUGLÓRIA), Fundação MS, Semagro, Sefaz, Imasul, Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).