Asumas recomenda que produtores redobrem cuidados sanitários
O maior produtor de carne suína do mundo vive uma crise sem precedentes. A peste suína invadiu a China e mais de 1 milhão de porcos já foram abatidos, na tentativa de conter o avanço da doença. Enquanto isso, o Brasil reforça a vigilância e se prepara para uma nova fase no mercado mundial de suínos.
Dados do Rabobank, publicados pela Folha de SP, mostram que a doença deve afetar cerca de 30% da produção de suínos da China, deixando um enorme vácuo no mercado internacional de proteínas. O Brasil é atualmente o 4º maior produtor de carne suína, com 44 milhões de animais abatidos em 2018, segundo o IBGE.
A Asumas (Associação Sul Motogrossense de Suinocultores), recomenda que todos os suinocultores de Mato Grosso do Sul reforcem as medidas de biossegurança, mantendo todos os controles de entrada e saída das granjas. “Primeiramente temos que nos assegurar de que a doença não chegue aqui, por isso é necessário manter cercas de contenções efetivas e não receber visitas de pessoas vindas da Ásia”, afirma o presidente da Asumas, Alessandro Boigues.
O segundo passo é se preparar para uma nova fase da suinocultura, com preços mais altos e grande demanda internacional pela proteína. “A avanço da doença na Ásia vai abrir uma grande oportunidade para as ampliações de produção previstas em nosso Estado, já vemos acelerando a evolução nos preços do suíno vivo, favorecendo produtores a ter viabilidade em sua atividade”, destaca Boigues.
Conforme especialistas da área, não há suíno suficiente no mundo para atender a demanda aberta pela China, o que deve contribuir para expansão na exportação de todas as proteínas. “Novos tempos virão, mas para isso se permanecer temos q proteger nossos rebanhos e continuar produzindo com qualidade”, ressalta o presidente da Asumas.
Texto: Priscilla Peres / Agro Agência e Assessoria