FÁBIO PIMENTEL Representa a ASUMAS em Reunião da ABCS com MAPA e Banco do Brasil

ABCS e suas afiliadas realizam agenda política em Brasília com MAPA e Banco do Brasil

Prorrogação de custeio, abertura de novos mercados para exportação e oferta de milho balcão foram alguns dos temas debatidos

 

Devido ao atual momento da suinocultura e aos desafios enfrentados pelo setor nos últimos meses, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e suas afiliadas cumpriram uma agenda de reuniões em Brasília (DF) nesta terça-feira (13) com o intuito de buscar políticas públicas para viabilizarem a sustentabilidade da atividade no país junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e ao Banco do Brasil. Os encontros contaram com a parceria da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura (FPS).

Em audiência pública com o secretário de política agrícola do MAPA, Neri Geller, juntamente com o presidente da FPS, deputado federal Covatti Filho, o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, frisou a necessidade de comprometimento da Pasta com os entraves apontados pela suinocultura em 2018.  “Estamos passando por um momento turbulento, pois diante do embargo russo à carne suína brasileira, os preços no mercado interno estão sendo influenciados diretamente, uma vez que o excesso de oferta da proteína pressiona os preços da carne”.

Lopes explicou ainda que o alto custo de produção também está afetando a rentabilidade do negócio. “Devido à quebra da safra de grãos na Argentina e o atraso no plantio da segunda safra de milho no Brasil, houve um aumento significativo na cotação da saca dos cereais no país”.

O deputado Covatti Filho pontuou que a atual conjuntura necessita de uma atenção especial. “O setor passou por um período de estabilidade em 2017, mas já está sentindo os efeitos causados pela crise econômica, pelo fechamento do mercado russo e pelo alto preço do milho nas regiões produtoras, por isso chegou a hora de buscarmos soluções governamentais para garantir que produtor possa cumprir com seus compromissos e dar andamento a sua produção”, explicou.

Os dirigentes da suinocultura que participaram do encontro pleitearam ao secretário Geller a necessidade de prorrogação do vencimento das parcelas dos créditos de custeio e investimento adquiridos nos últimos dois anos. Isso porque os produtores estão descapitalizados e as parcelas destes custeios já venceram ou vencem nos próximos meses, por isso a urgência da prorrogação ou renovação automática para 2020, a fim de que mais suinocultores não deixem a atividade por falência.

Ainda durante a reunião, os produtores solicitaram ao secretário uma intervenção junto à Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) para utilizar seus mecanismos de intervenção no mercado, com o intuito de aumentar o estoque de milho e abrir novas opções de compra para os suinocultores.

Neri Geller garantiu que irá tratar as pautas trazidas pelo setor com prioridade e dar os devidos encaminhamentos. “Vamos buscar aumentar o milho balcão e também avaliar a possibilidade de realizar leilão de estoque público. Já com relação ao endividamento, vamos trabalhar para viabilizar a prorrogação dos custeios, uma vez que o produtor está descapitalizado nesse momento em que as parcelas estão próximas a vencer, ou até mesmo já venceram”, pontuou o secretário.

 

Banco do Brasil: prorrogação de custeios pecuários e de investimento

Ainda com o objetivo de garantir a permanência de grande parte dos suinocultores na atividade, as lideranças do setor suinícola junto à ABCS se reuniram também com Antonio Banhara e Álvaro Tosetto, ambos gerentes executivos do Banco do Brasil na Diretoria de Agronegócio. O encontro trouxe como tema principal a prorrogação da validade e do vencimento dos custeios adquiridos nos dois últimos anos.

Durante a audiência com os representantes da instituição, o presidente da ABCS explicou os motivos que estão prejudicando a rentabilidade da atividade, como é o caso do embargo russo e o alto custo de produção –  gerando a descapitalização do produtor de suínos. “Muitos suinocultores neste momento não têm condições de liquidar as parcelas dos custeios pecuários e de investimento, que foram adquiridos em 2016 e 2017, por isso estamos pedindo a prorrogação ou renovação desses vencimentos”.

O gerente Banhara explicou que o banco não deixará de atender o setor, mas que terá que estudar uma forma rápida e eficiente para resolver o problema. De acordo com ele, a prorrogação por meio de forma coletiva pode ser uma alternativa que simplifica o processo e atenda aos produtores.

Para finalizar, os representantes do Banco do Brasil ficaram de repassar à ABCS as linhas de crédito que estão disponíveis na instituição financeira para os suinocultores avaliarem e, se desejarem, adquirirem.

Participaram da agenda política em Brasília as afiliadas: Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS); Associação Paranaense de Suinocultores (APS); Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS); Associação Goiana de Suinocultores (AGS); Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat); Associação dos Granjeiros Integrados de Goiás (AGIGO); Associação dos Suinocultores do Espírito Santo (ASES); Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG); Associação Sul-Matogrossense de Suinocultores (Asumas); e Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSuin).

Fonte: Matéria na Integra do site da ABCS.